segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Café e poesia.

Quem me conhece sabe como sempre me senti em relação a poesia. Não gosto, foi o que eu sempre disse. Ainda bem que as coisas mudam.

Hoje vejo poesia assim como o café da alma. Rápida, forte e aquecedora. Mas que deixa um gostinho de quero mais na boca.

Ontem li um poema lindo do Olavo Bilac. Aqui está:

Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E a alma de sonhos povoada
[eu tinha...

E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.

Hoje, segues de novo... Na partida
Nem pranto teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida.

E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho
[extremo.
(Nell Mezzo del Camin)

5 comentários:

Laila Castro disse...

poesia é como algum tipo de fé, às vezes vc acredita, às vezes não acredita.

Wagner Romanha disse...

Mas hein...
Caraca Priscila, Olavo Bilac?
Foi fundo né maninha.
Tive que me concentrar para entender, rsrsrs.
Estou brincando, claro.
Ou não?
Beijos!

Anônimo disse...

Este, senhoras e senhores, é o "meu" poema de Olavo Bilac; quem o despreza demonstra de desconhece sua obra lírica e apenas repete o q críticos preconceituosos afirmam. Bilac, espero, ainda terá seu renascimento na nossa história e crítica literárias.
Valeu, Prit!!! beijos, Claire.

fjunior disse...

é bom quando a gente descobre coisas né... é sempre maravilhoso... quanto à poesia nem precisa comentar... beijos

Thereza Christina Pereira Jorge disse...

Querida Priscilla,
Amei este post. E o nome do seu blog é a minha (desculpe, nossa) cara. Sou uma bagunceira, pode me filiar aí.
Beijo
Thereza