terça-feira, 18 de setembro de 2007

Aos 30.

Não fizera nada demais na vida. Não escrevera um livro, não plantara uma árvore, não tivera um filho. Para dizer a verdade, não podia sequer dizer que tinha realmente amado alguém em toda sua vida. Ainda assim, o tempo passava. Porque o tempo não espera por ninguém.

Conforme seu aniversário de 30 anos aproximava-se, parecia desenvolver uma obsessão pelo tempo; queria ter a possibilidade de segurá-lo, esticá-lo, dominá-lo. Vontade de parar o tempo para dormir um pouco mais, para fazer perdurar aquele momento sublime, para fazer as coisas que não fez. Mas o tempo, esse pequeno indomável, não se deixava subjugar aos desejos da moça. Quanto mais tentava agarrá-lo, mais ele se tornava escorregadio, quanto mais queria esticá-lo, mais ele parecia encurtar-se. Descobriu que além de não esperar por ninguém, o tempo adorava fazer travessuras.

Decidiu, então, não mais se preocupar com o tempo, não mais pensar em mudá-lo, era da natureza do tempo passar. Decidiu satisfazer-se com o que dispunha; aproveitar cada 24 horas e não esperar que o dia durasse mais. Decidiu viver mais 30 anos, mais 60, quem sabe? Decidiu ser feliz, porque se a natureza do tempo é passar, a dela é essa: ser feliz!

4 comentários:

Pablo Ramada disse...

Muito legal sua postagem

também estou nos 30, fazer o que.

abraços

Anônimo disse...

Lindo!!!Continue postando!!! =)
Bjao!!!!!

Luís Fernando Xavier disse...

Ei Pri... td certin?
Thanks pelo comentário viu.
Té mais!

Anônimo disse...

Oi, Prit. Vejo que esteve por aqui e atualizou o blog. Bonito texto! Uma espécie de conto. beijos, Aline